Patrística – Santo Agostinho – A cidade de Deus Vol. 50/1 | Paulus Editora

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25/08/2023

Patrística – Santo Agostinho – A cidade de Deus Vol. 50/1

Por Imprensa

Ficha Técnica
Título: Patrística – Santo Agostinho – A cidade de Deus Vol. 50/1
Autor (a): Santo Agostinho
Coleção: Patrística
Acabamento: Brochura
Dimensão: (AXC) 20,00 x 13, 00
Páginas: 408
Área de interesse: Patrística

Novo título “A cidade de Deus” celebra o 50º título da coleção Patrística

A PAULUS Editora lança o 50º volume da coleção Patrística, a obra “Santo Agostinho A cidade de Deus”, publicação com traduções de João Carlos Nogueira e Luiz Marcos da Silva Filho. Esta edição é um tratado teológico que aborda relevantes aspectos sociais e históricos dos pensamentos de Santo Agostinho, grande doutor da Igreja e um dos mais importantes teólogos e filósofos da história da Idade Média e do cristianismo. 

Na presente publicação, cujo conteúdo completo será dividido num total de três volumes, os organizadores compilam os pensamentos centrais e mais importantes do bispo de Hipona. Em “A cidade de Deus” concentra-se uma série de aspectos essenciais para a vivência cristã e doutrinal, cuja motivação para a sua composição nasce de uma questão civil e também eclesial, social e teológica. Outra consideração do livro é a abordagem da gênese doutrinal social da Igreja Católica. Este volume que os leitores brasileiros terão em mãos é considerado um dos livros mais importantes do período patrístico e dos escritos de Santo Agostinho.

Conforme orienta a publicação, escrita entre 413 e 426, “A cidade de Deus” é uma obra cujas abordagens, articulações e projeto tornam-na enciclopédica, um texto fundamental do cristianismo, que reflete entre outros muitos e variados de seus temas, as temáticas: a natureza de Deus, o martírio, o judaísmo, a origem e a substancialidade do bem e do mal, o pecado e a culpa, a morte, o direito e a lei, a contingência e a necessidade, o tempo e o espaço, a providência, o destino e a história. 

De acordo com a tradução, seus 22 livros dividem-se em duas grandes partes: os livros 1 – 10 — dos quais temos neste volume os seis primeiros — que defendem o cristianismo das acusações dos pagãos e analisam questões sociopolíticas e religiosas. Na segunda parte, livros 11–22, Santo Agostinho trata da salvação humana. 

Os volumes que seguirão esta primeira edição da obra “A cidade Deus” trará uma introdução breve, com os dados biográficos essenciais do autor e um comentário sucinto dos aspectos literários e do conteúdo do volume, segundo os organizadores, suficientes para uma boa compreensão do texto, cuja proposta preocupa-se em colocar o leitor em contato direto com o texto. Para a leitura do volume, os organizadores orientam que o leitor deverá ter em mente as enormes diferenças de gêneros literários, de estilos em que estas obras foram redigidas: cartas, sermões, comentários bíblicos, paráfrases, exortações, disputas com os heréticos, tratados teológicos vazados em esquemas e categorias filosóficas de tendências diversas e hinos litúrgicos. 

Na introdução da obra, os tradutores explicam que nos anos 1940, na Europa, especialmente na França, surgiu este movimento voltado para os antigos escritores cristãos, conhecidos tradicionalmente como “Padres da Igreja”, ou “santos Padres”, e suas obras. Liderado por Henri de Lubac e Jean Daniélou, esse movimento ldeu origem à coleção “Sources Chrétiennes”, hoje com centenas de títulos, alguns dos quais com várias edições. Com o Concílio Vaticano II, ativaram-se, em toda a Igreja Católica, o desejo e a necessidade de renovação da liturgia, da exegese, da espiritualidade e da teologia a partir das fontes primitivas. Trata-se de uma retomada aos ensinamentos das primeiras fontes do cristianismo. Este conteúdo ainda elucida os significados dos termos “patrologia”, “patrística” e “Padres ou Pais da Igreja”.  

Em uma breve definição, os “Pais da Igreja” são aqueles que, ao longo dos sete primeiros séculos, foram forjando, construindo e defendendo a fé, a liturgia, a disciplina, os costumes e os dogmas cristãos, decidindo, assim, os rumos da Igreja. No caso de Santo Agostinho, seus textos se tornaram fontes de discussões, de inspirações, de referências obrigatórias ao longo de toda a tradição posterior. 

Para Luiz Marcos da Silva Filho, um dos tradutores da obra, a transversalidade com que “A cidade de Deus” é tecida reflete a transversalidade constitutiva da economia da salvação, na qual não há compartimentação de áreas do saber, disciplinas, jurisdições, em que, aliás, as cidades celeste e terrena se encontram provisoriamente. 

Segundo o tradutor, “A cidade de Deus” agostiniana guarda muitas afinidades eletivas. Em suma, o leitor estará diante de uma obra que trata da gloriosíssima cidade de Deus. “Nesta obra, a cidade é mais que um lugar, é uma cidadania, uma condição marcada ou pelo amor a Deus, até o desprezo de si, ou pelo amor a si, até o desprezo de Deus”, recordam os organizadores.

Além do aspecto celebrativo da edição 50 da coleção Patrística, o livro é um itinerário das considerações de Santo Agostinho, que foi cuidadosamente traduzido e preparado para o público brasileiro. A obra “A cidade de Deus” é indicada para leigos e leigas, clérigos, religiosos, estudantes do cristianismo primitivo e demais interessados em aprofundar os escritos de Santo Agostinho, grande teólogo da Igreja Católica.