10 de setembro – 23º DO TEMPO COMUM | Paulus Editora

O Domingo
10 de setembro – 23º DO TEMPO COMUM

A CORREÇÃO FRATERNA É GESTO DE AMOR

O capítulo 18 de Mateus contém o quarto discurso doutrinal de Jesus, no qual ele propõe uma catequese sobre a convivência comunitária – contexto da passagem deste domingo. O Mestre sabe que a comunidade não é perfeita e convida os discípulos a superar os conflitos internos. Quando alguém fizer algo inadequado, o que fazer com ele?

Para evitar a intolerância da sociedade do império e as exigências das sinagogas, Jesus propõe alguns passos: primeiro, buscar um diálogo a sós. Se este não surtir resultado, recorrer à ajuda de alguma(s) testemunha(s). Se nem assim resolver, passa-se a envolver a comunidade, para tentar a reconciliação. Só depois disso a pessoa seja considerada como alguém que já não faz parte da comunidade.

A correção fraterna é sempre uma atividade espinhosa para quem a realiza ou para a própria comunidade. Por isso, todos esses passos devem ser realizados com muito amor e muita oração. Saber se relacionar e conviver com os outros é uma necessidade fundamental de todo ser humano. A pessoa revela sua maturidade à medida que se abre às relações interpessoais e descobre a beleza da convivência. Fazem parte da comunidade de Jesus os que sabem acolher o perdão e a reconciliação.

A preocupação de Jesus é evitar a todo custo a condenação ou a exclusão de algum membro da comunidade. A tarefa da correção fraterna é justamente buscar a inclusão do transgressor. Antes de condenar ou excluir, a comunidade tem a tarefa de resgatar a pessoa. E se um membro for desligado da comunidade, isso não significa que foi abandonado por Deus.

No final do primeiro século da era cristã, começava a haver certo rigorismo nas comunidades, influenciadas pelo legalismo do Império Romano. As sinagogas também eram muito exigentes, excluíam os membros que se declarassem cristãos. O Evangelho chama a atenção para que as comunidades cristãs não adotem tais critérios rigoristas e legalistas. Elas precisam ser espaços de solidariedade e de fraternidade.

Pe. Nilo Luza, ssp


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

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