QUEM É JESUS CRISTO?
O relato do Evangelho da solenidade de Pedro e Paulo é como que o ponto intermediário do Evangelho de Mateus: ponto de chegada da atividade de Jesus e início da caminhada orientada para o mistério pascal. Depois de já ter andado por um bom tempo na companhia de seus discípulos e de ter realizado muitas ações em favor dos doentes, famintos e pobres, Jesus quer saber até onde chega a compreensão daquilo que fez e ensinou.
Longe do centro do poder político e econômico e em terra habitada por pagãos, Jesus lança a pergunta sobre o que pensam a respeito de sua identidade. Na voz do povo, ele é uma personagem importante que está na linha dos profetas. E para vós, quem sou eu? – pergunta aos discípulos, preparando-os para levar em frente sua missão. Pedro, recebendo a revelação do Pai, responde que Jesus é o Messias, o Filho do Deus vivo. Tal resposta revela que Jesus é mestre da justiça, a qual cria sociedade e história novas. O elogio a Pedro demonstra o compromisso que este e a comunidade devem ter de se manterem fiéis ao que lhes foi confiado. Como pedra, o apóstolo deve ser fundamento para a comunidade que Jesus está formando.
A pergunta de Jesus continua a ressoar em nossos dias: quem é ele para nós? Pergunta inquietadora, que não deixa ninguém indiferente. A resposta que dermos revela a imagem e a compreensão que temos dele; exprime não apenas nossa opinião, mas também o compromisso que temos com sua pessoa. Não basta reconhecê-lo como uma personagem importante da história da humanidade – isso é até bem fácil. Se o reconhecemos como o Filho de Deus, precisamos nos comprometer com ele até a cruz.
Os autênticos seguidores de Jesus têm as chaves do Reino de Deus e devem facilitar o acesso a esse Reino. Mais do que com palavras, respondem com a vida. Sabem que de nada adianta reconhecê-lo como Deus e Senhor – tal como se aprende na catequese e se ouve nas celebrações – se não vivem nem assumem a mensagem que o Mestre de Nazaré viveu e pregou.
Pe. Nilo Luza, ssp
É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.
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