18 de junho – 11º DOMINGO DO TEMPO COMUM | Paulus Editora

O Domingo
18 de junho – 11º DOMINGO DO TEMPO COMUM

CHAMADOS À COMPAIXÃO

A primeira cena do Evangelho de hoje mostra Jesus tomado de compaixão pelas multidões: gente doente, abandonada pelas lideranças, angustiada à procura de vida digna. Jesus tem olhar compassivo – que vê as pessoas sofrendo e sofre com elas – e se aproxima dos necessitados para restituir-lhes a saúde, a vida, a visão e a voz. De fato, o “encher-se de compaixão” de Jesus acontece logo após os episódios da cura de uma mulher, da ressurreição de uma menina, da cura de dois cegos e de um mudo.

A compaixão de Jesus, e a nossa, têm que ver com olhos que enxerguem a dor dos outros e com um coração que bata em sintonia com os corações mais sofridos e desesperançados. Pois a dureza de coração faz com que as multidões sofredoras se tornem invisíveis, e viver sem nos deixarmos interpelar pela dor dos sofredores é trair, na essência, o exemplo de nosso Mestre, Jesus.

Considerando todas as misérias do mundo, são de fato insuficientes os trabalhadores para a colheita no campo do Reinado de Deus. É fundamental, portanto, orar a Deus e confiar que ele continue enviando trabalhadores para sua colheita, como fez com os doze discípulos. Mas igualmente importante é comprometer-nos com o anúncio de que o Reino dos Céus está próximo e de que esse Reino se instaura com as ações de Jesus e dos seus seguidores.

Missão dos seguidores de Jesus, de todos nós que nos dizemos cristãos, é continuar hoje sua atividade compassiva, doando gratuitamente aos outros a vida que gratuitamente recebemos. Jesus envia os Doze com a missão de curar os enfermos, ressuscitar os mortos, purificar os então chamados leprosos e expulsar os demônios. Tal missão, dos Doze e nossa, de restituição da saúde, da liberdade e da vida exige olhos que vejam e coração que sinta, como os olhos e o coração de Jesus. Que a compaixão, portanto, seja o princípio de nossa vida, como o foi para Jesus. Seguir Jesus é cumprir seu mandato: “Vão e anunciem…”. Ou seja, pôr-nos em movimento, um movimento de abertura para chegar a todos os que, em nossos dias, também estão abandonados e aflitos.

Pe. Paulo Bazaglia, ssp


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

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