TRINDADE: PRESENÇA A SER ACOLHIDA E CONTEMPLADA
Com o diálogo entre Jesus e Nicodemos, o Evangelho de João reflete sobre o amor de Deus, que se revela e se comunica no envio de seu próprio Filho. A finalidade desse dom é a “vida eterna”: vida que começa neste mundo e se plenifica com a volta para a casa do Pai celeste. A condição para isso é a fé, que se exprime na acolhida do Cristo.
Foi por amor que Deus enviou ao mundo o próprio Filho. Com Jesus, o divino se humaniza e o humano se diviniza. Jesus revela o rosto misericordioso do Pai, que deseja vida plena para a humanidade.
Deus enviou Jesus não para condenar, mas para salvar. Deus não tem prazer em impor sacrifícios às pessoas nem em condená-las. Jesus não é um juiz que veio para julgar e condenar. Ele veio trazer o amor do Pai.
Diante da proposta de Jesus, a pessoa é livre para escolher o próprio caminho. Para seguir a proposta do Mestre, basta acreditar nele. Acreditar é muito mais do que dar-lhe simples adesão, é comprometer-se com seu projeto. É assumir a fé de Jesus, e não apenas a fé nele.
Com sua proposta, Jesus deseja formar nova humanidade, que ponha no centro o projeto do Reino por ele pregado. Além de palavras e ensinamentos, ele nos revelou sua comunicação e comunhão com o Pai e com o Espírito. Aí temos a comunidade mais perfeita, entre Jesus, o Pai e o Espírito, formando aquilo que a Igreja chama de Santíssima Trindade – que pode ser definida como “a melhor comunidade”.
A Santíssima Trindade se manifesta a nós como um Deus que é amor, acolhida e ternura. As três Pessoas divinas formam perfeita comunhão. Deus não é um ser solitário e distante da humanidade; ele partilha seu amor com todos nós, seus filhos e filhas. Mais do que uma doutrina e uma verdade, a Trindade santa é presença viva a ser acolhida e contemplada. “Estamos diante do maior mistério que os olhos não viram, os ouvidos não escutaram nem a mente conseguiu compreender” (A. Palaoro).
Pe. Nilo Luza, ssp
É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.
Assinar