08 de janeiro – Epifania do Senhor | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
08 de janeiro – Epifania do Senhor

O DEUS ENCARNADO VEIO PARA TODOS OS POVOS

Quando os magos, vindos de longe, chegaram a Jerusalém, procuraram saber: “Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer?” Ao tomar conhecimento dessa novidade – um rei que acaba de nascer! –, Herodes ficou nervoso. Como é que ele, o então rei dos judeus, não tinha informações sobre acontecimento tão importante? Por isso, mais que depressa, procurou inteirar-se dos fatos. Os dirigentes religiosos sabiam informar que o Messias deveria nascer “em Belém, na Judeia”. Tinham informação, mas não acreditavam. De fato, não moveram sequer um passo na direção do local onde estava o recém-nascido Jesus. Aqui se cumpre uma passagem do Evangelho de João: “Veio para sua casa, mas os seus não o receberam” (Jo 1,10).

Enquanto Herodes e toda a cidade se agitavam, os magos, guiados pela estrela, seguiram e pararam no “lugar onde estava o menino”. Estavam à procura do rei de um povo, e encontraram uma criança pobre nos braços de uma mulher humilde. Entretanto, conservaram sua fé e então aí prestaram a homenagem que cabe a Deus: “Entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele e o adoraram”. Além disso, ofereceram-lhe presentes, cujos significados nos são esclarecidos pelos antigos Padres da Igreja: incenso para Deus, mirra para o homem e ouro para o rei.

Inundados de incontida alegria, voltaram para sua terra por outro caminho. Fugiram do mal-intencionado Herodes. Naturalmente, não reservaram para si experiência tão profunda. Tornaram-se testemunhas da presença transformadora do Deus encarnado, que veio para todos os povos. Eles próprios, os magos, transformaram-se em fontes da manifestação (epifania) do Deus-conosco.

A exemplo dos magos, somos impulsionados a nos movermos rumo às pessoas de todos os lugares e credos. Não é possível guardar escondido tão precioso tesouro: “Se alguém acolheu este amor que lhe devolve o sentido da vida, como é que pode conter o desejo de comunicá-lo aos outros?”, indaga o papa Francisco. Não, não se pode calar essa Boa-nova. Procuremos, pois, estreitar nossa comunhão com o Senhor e nos deixarmos embalar pelo anseio de torná-lo conhecido e amado em toda parte. Testemunhá-lo com firme convicção e por todos os meios.

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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