Em meio à treva escura, / ressoa clara voz. / Os sonhos maus se afastem, / refulja o Cristo em nós.
Despertem os que dormem / feridos de pecado. / Um novo sol já brilha, / o mal vai ser tirado.
Do Céu desce o Cordeiro / que traz a salvação. / Choremos e imploremos / das culpas o perdão.
E ao vir julgar o mundo / no dia do terror, / não puna tantas culpas, / mas venha com amor.
Ao Pai e ao seu Filho / poder e majestade, / e glória ao Santo Espírito / por toda a eternidade.
Ant. 1. Ó Senhor, não desprezeis um coração arrependido!
– Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! * / Na imensidão de vosso amor, purificai-me! / – Lavai-me todo inteiro do pecado, * / e apagai completamente a minha culpa!
– Eu reconheço toda a minha iniquidade, * / o meu pecado está sempre à minha frente. / – Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, * / e pratiquei o que é mau aos vossos olhos!
– Mostrais assim quanto sois justo na sentença, * / e quanto é reto o julgamento que fazeis. / – Vede, Senhor, que eu nasci na iniquidade, * / e pecador já minha mãe me concebeu.
– Mas vós amais os corações que são sinceros, * / na intimidade me ensinais sabedoria. / – Aspergi-me e serei puro do pecado, * / e mais branco do que a neve ficarei.
– Fazei-me ouvir cantos de festa e de alegria, * / e exultarão estes meus ossos que esmagastes. / – Desviai o vosso olhar dos meus pecados * / e apagai todas as minhas transgressões!
– Criai em mim um coração que seja puro, * / dai-me de novo um espírito decidido. / – Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, * / nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!
– Dai-me de novo a alegria de ser salvo * / e confirmai-me com espírito generoso! / – Ensinarei vosso caminho aos pecadores, * / e para vós se voltarão os transviados.
– Da morte como pena, libertai-me, * / e minha língua exaltará vossa justiça! / – Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar, * / e minha boca anunciará vosso louvor!
– Pois não são de vosso agrado os sacrifícios, * / e, se oferto um holocausto, o rejeitais. / – Meu sacrifício é minha alma penitente, * / não desprezeis um coração arrependido!
– Sede benigno com Sião, por vossa graça, * / reconstruí Jerusalém e os seus muros! / – E aceitareis o verdadeiro sacrifício, * / os holocaustos e oblações em vosso altar!
Glória. Ant. 1. Ó Senhor, não desprezeis um coração arrependido!
Ant. 2. Ó Senhor, mesmo na cólera, lembrai-vos de ter misericórdia.
– Eu ouvi vossa mensagem, ó Senhor, * / e enchi-me de temor. / – Manifestai a vossa obra pelos tempos * / e tornai-a conhecida.
– Ó Senhor, mesmo na cólera, lembrai-vos * / de ter misericórdia! / – Deus virá lá das montanhas de Temã, * / e o Santo, de Farã.
– O céu se enche com a sua majestade, * / e a terra, com sua glória. / – Seu esplendor é fulgurante como o sol, * / saem raios de suas mãos.
– Nelas se oculta o seu poder como num véu, * / seu poder vitorioso. / – Para salvar o vosso povo vós saístes, * / para salvar o vosso Ungido.
– E lançastes pelo mar vossos cavalos * / no turbilhão das grandes águas. / – Ao ouvi-lo, estremeceram-me as entranhas * / e tremeram os meus lábios.
– A cárie penetrou-me até os ossos, * / e meus passos vacilaram. / – Confiante espero o dia da aflição, * / que virá contra o opressor.
– Ainda que a figueira não floresça * / nem a vinha dê seus frutos, / – a oliveira não dê mais o seu azeite, * / nem os campos, a comida;
– mesmo que faltem as ovelhas nos apriscos * / e o gado nos currais: / – mesmo assim eu me alegro no Senhor, * / exulto em Deus, meu Salvador!
– O meu Deus e meu Senhor é minha força * / e me faz ágil como a corça; / – para as alturas me conduz com segurança * / ao cântico de salmos.
Glória. Ant. 2. Ó Senhor, mesmo na cólera, lembrai-vos de ter misericórdia.
Ant. 3. Glorifica o Senhor, Jerusalém! Ó Sião, canta louvores ao teu Deus! †
– Glorifica o Senhor, Jerusalém! * / Ó Sião, canta louvores ao teu Deus!
– † Pois reforçou com segurança as tuas portas, * / e os teus filhos em teu seio abençoou; / – a paz em teus limites garantiu * / e te dá como alimento a flor do trigo.
– Ele envia suas ordens para a terra, * / e a palavra que ele diz corre veloz; / – ele faz cair a neve como lã * / e espalha a geada como cinza.
– Como de pão lança as migalhas do granizo, * / a seu frio as águas ficam congeladas. / – Ele envia sua palavra e as derrete, * / sopra o vento e de novo as águas correm.
– Anuncia a Jacó sua palavra, * / seus preceitos e suas leis a Israel. / – Nenhum povo recebeu tanto carinho, * / a nenhum outro revelou os seus preceitos.
Glória. Ant. 3. Glorifica o Senhor, Jerusalém! Ó Sião, canta louvores ao teu Deus! †
Eis o que diz o Senhor: Para chefe será escolhido um dos seus, e o soberano sairá do seu meio; eu o incitarei, e ele se aproximará de mim. Sereis meu povo e eu serei vosso Deus.
R. Que o universo rejubile e dê gritos de alegria: * Pois o Senhor há de chegar! R. Que o universo.
V. Justiça e paz se abraçarão. * Pois o Senhor. Glória ao Pai. R. Que o universo.
Ant. Dizei: Vós que estais desanimados, tende ânimo, coragem! Não temais! Eis que vem o Senhor e nosso Deus.
Ant. Dizei: Vós que estais desanimados, tende ânimo, coragem! Não temais! Eis que vem o Senhor e nosso Deus.
Oremos, irmãos e irmãs diletos, a Cristo nosso Redentor, que veio ao mundo para nossa justificação; e digamos com alegria:
R. Vinde, Senhor Jesus!
SENHOR Jesus Cristo, cujo nascimento segundo a carne foi anunciado pelos antigos profetas, dai novo vigor às virtudes que fizestes nascer em nosso coração. – R.
A NÓS, que anunciamos ao mundo vossa redenção, concedei a salvação e a paz. – R.
VÓS, que viestes salvar os corações atribulados, curai as enfermidades do vosso povo. – R.
VÓS, que viestes reconciliar o mundo com o Pai, livrai-nos de toda condenação quando voltardes como juiz no último dia. – R.
Ó Deus onipotente, dai ao vosso povo esperar vigilante a chegada do vosso Filho, para que, instruídos pelo próprio Salvador, corramos ao seu encontro com nossas lâmpadas acesas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
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