Charles Sanders Peirce – Excertos | Paulus Editora

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28/10/2020

Charles Sanders Peirce – Excertos

Por Imprensa

Ficha Técnica
Título: Charles Sanders Peirce – Excertos
Autora: Lucia Santaella
Catálogo: Comunicação
Acabamento: Brochura
Formato: 11 (alt) x 17 (larg)
Páginas: 100
Área de interesse: Comunicação Digital

Lucia Santaella traz na obra detalhes sobre a semiótica de Charles Sanders Peirce

“Não há cultura sem comunicação, assim como não há comunicação sem signos”, Umberto Eco.

Em “Charles Sanders Peirce – Excertos”, a autora Lucia Santaella defende que a semiótica de Peirce é também uma teoria da comunicação. Esse argumento contraria a falsa separação entre comunicação e semiótica. Ela explica que a comunicação não pode prescindir de signos. E é nesse ponto que a semiótica de C. S. Peirce apresenta contribuições relevantes.

Peirce, que era um cientista, buscava a compreensão de como a evolução e o conhecimento humano evoluem e crescem. Para ele a ciência implica métodos que garantem a validade do conhecimento justificado pela pesquisa. Em razão disso, a questão do método constituiu o cerne das preocupações de Peirce: qualquer coisa que esteja presente à mente é signo; frases; imagens; relações; tensões; tudo é signo. São os signos que dão materialidade ao pensamento e para compreender os pensamentos que estão na base dos raciocínios, que estão na base dos métodos, é preciso estudar os signos. Nasceu daí a semiótica de Peirce, que é, sobretudo, uma teoria do pensamento como signo e uma teoria do conhecimento que só pode dar-se em signos.

A autora explica que depois de muita reflexão e análise, idas e vindas, emergiram as famosas três categorias de Peirce: primeiridade, secundidade e terceiridade. São categorias lógicas: a lógica monádica, a diádica e a triádica. Por serem abstratas e universais, isso permite que, em cada campo da realidade, as categorias apareçam com uma vestimenta própria daquele campo. Lucia diz que dessas categorias, são construídos os alicerces do edifício filosófico de Peirce, um edifício composto por disciplinas filosóficas, entre elas, a semiótica.

Para Santaella, Pierce partiu daquilo que fazemos cotidianamente: “Conversamos não só com os outros, mas, muitas vezes, com nós mesmos, em nossos pensamentos, algo que só vem demonstrar, como queria Platão e também Peirce, que todo pensamento é dialógico, um embrião de sua natureza inalienavelmente social”, fator explicado em detalhes na obra.

Lucia Santaella é pesquisadora 1 A CNPq, professora titular na pós-graduação em Comunicação e Semiótica e coordenadora da pós-graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (PUCSP). Doutora em Teoria Literária pela PUCSP e Livre-docente em Ciências da Comunicação pela USP. Fez repetidos estágios de pós-doutorado no exterior e foi professora e pesquisadora convidada em várias universidades europeias e latino-americanas. Já levou à defesa 248 mestres e doutores. Publicou 50 livros e organizou 21, além da publicação de quase 500 artigos no Brasil e no exterior. Recebeu os prêmios Jabuti (2002, 2009,  2011, 2014), o prêmio Sergio Motta (2005) e o prêmio Luiz Beltrão (2010).