CRIADOS PARA A ETERNIDADE
O texto do evangelho de hoje faz parte do discurso de Jesus sobre o pão da vida. Podemos dizer que o tema dessa passagem é o próprio tema central do evangelho: Jesus doador e defensor da vida. Nesse texto sublinha-se fortemente a vontade salvadora de Deus, que enviou o seu Filho justamente com essa finalidade. Vim, diz Jesus, para fazer a vontade do Pai, e a vontade do Pai é que ninguém se perca, mas todos tenham a vida eterna.
O destinatário da missão de Jesus é todo ser humano. Sua missão é universal. Não há, para Jesus, grupo escolhido ou privilegiado. A realização do desejo do Pai depende, porém, de uma decisão individual: acolher ou não o projeto de vida e salvação proposto pelo Mestre. Portanto, tudo depende da escolha pessoal e livre de cada um. Ir a Jesus não é apenas buscar suprir alguma necessidade material ou psicológica, mas procurar e encontrar novo sentido para a existência, não como sonho para o futuro (pós-morte), mas como caminho para a vida presente.
A vida eterna, desejo de todos os seguidores de Jesus, constrói-se nos
gestos, por pequenos que sejam, de humanidade e solidariedade realizados ao longo dos anos da caminhada terrena. Essa é a forma concreta de viver, já neste mundo, a vida eterna. Cada gesto de bondade já traz a presença do Pai no íntimo do coração da pessoa.
O dia de Finados não pode ser visto apenas como mais um feriado. É dia especial para rezar pelos nossos falecidos. Mais ainda, pode ser momento propício para refletirmos sobre a vida e a morte. Como estamos vivendo e valorizando o grande dom que recebemos de Deus que é a vida? Como encaramos a morte? “A fé na eternidade e a certeza da morte terrena nos levam a relativizar o que aqui deixamos, para dar a devida importância ao que levaremos para junto de Deus” (P. Bazaglia).
Pe. Nilo Luza, ssp
É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.
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