3 de setembro: 22º Domingo do Tempo Comum | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
3 de setembro: 22º Domingo do Tempo Comum

RENOVAÇÃO DA MENTE

Na segunda leitura de hoje (Rm 12,1-2), Paulo exorta a comunidade a ser oferta viva. O verdadeiro sacrifício deve ser o da própria vida. O apóstolo assim instrui porque havia, entre os membros da comunidade, certa dificuldade de compreensão da mensagem da cruz, isto é, do grande mistério do amor de Deus pela humanidade.

A cruz, portanto, não é simplesmente um emblema para pendurar no pescoço ou um enfeite para constar nas igrejas e em nossas casas. A cruz é o amor total, capaz de todo e qualquer sacrifício.

Não se trata de um amor simplesmente de palavras, de divagações próprias de uma razão orgulhosa. Trata-se de amor incondicional, o qual requer mudança de mentalidade. Essa mudança ocorre mediante a confiança plena em Deus, assim como o fez Jesus. Por isso o apóstolo insiste em não se conformar com este mundo. A expressão “este mundo” diz respeito aos esquemas egoístas que ensinam a tirar vantagens às custas do outro.

Pedro, no evangelho de hoje (Mt 16,21-27), pensa com a mentalidade do mundo. É a mentalidade do amor ao poder, e não a do poder do amor. O amor ao poder é satânico. Por isso divide, exclui e até mata. O poder do amor, ao contrário, congrega, gera vida, anima, salva!

O poder do amor deve mover o nosso coração. Trata-se de amor apaixonante. Ou, como ensina a primeira leitura (Jr 20,7-9), um amor que seduz. Apesar de nossas fraquezas, Deus se apaixonou por nós. Este amor se plenificou em Jesus. Não há nada nem ninguém capazes de destruir os laços deste amor. Porém, é preciso deixar-nos seduzir. Deus não chega invadindo nossa vida. Ele bate à porta de nosso coração. Se permitimos, ele entra.

Ser oferta viva é amar sem medida. Evidentemente, amar não é fácil. O amor também é sacrifício. Mas isso não nos dá o direito de viver com cara de sexta-feira da Paixão. O sofrimento é parte da frágil condição humana. Porém, não é a última palavra. A última e definitiva palavra é o amor.

* * *

Um monge francês, no século 15, viu em sonho uma imagem de Nossa Senhora cercada de luz, no alto de um monte. Durante anos procurou o lugar, uma serra de difícil acesso no norte da Espanha, chamada Penha de França. No local, o monge edificou uma capela para Nossa Senhora da Penha. No Brasil, há dois grandes santuários dedicados à Virgem, ambos no alto de montes: um em Vila Velha (ES); outro na cidade do Rio de Janeiro.

Nossa Senhora da Penha, rogai por nós!

Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

Assinar