20 de agosto: Assunção de Nossa Senhora | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
20 de agosto: Assunção de Nossa Senhora

Assunção de Maria

Celebramos hoje a solenidade da Assunção de Maria. O dogma afirma que, ao terminar a sua vida aqui na terra, ela foi totalmente assumida por Deus, de corpo e alma. Não uma simples “viagem ao céu” ou a reanimação de um morto, como Lázaro (Jo 11,43-44) e o filho da viúva de Naim (Lc 7,13-15). O corpo de Maria foi transformado por Deus, embora não saibamos os detalhes. Ela já experimenta o que está prometido a cada um de nós: sermos semelhantes a Jesus ressuscitado (1Jo 3,2). Se morremos com ele, com ele ressuscitaremos (Rm 6,8). Maria está junto de Jesus, glorificada por inteiro. Deus assumiu e elevou sua história, seu sim renovado, suas ações e seu corpo.

O dogma da assunção estimula a fé, especialmente quando o mal parece destruir nossas conquistas. Deus assumiu e transformou tudo de bom que Maria construiu aqui na terra, também o seu corpo. Olhando para Maria glorificada, a gente se anima a lutar pelo bem e pela justiça. Mesmo que a incompreensão e o fracasso pareçam mais fortes, cremos na vitória definitiva do Cristo ressuscitado. Ele inaugura o “novo céu e a nova terra”, onde Maria já está. Lá, Jesus ficará definitivamente junto de nós (Fl 1,23). Não haverá nem morte nem sofrimento. O Senhor fará novas todas as coisas (Ap 21,1-7).

A assunção de Maria foi o término feliz de seu peregrinar neste mundo. Cada vez que ela dava novos passos para seguir a Jesus, para realizar a vontade de Deus, o Senhor ia assumindo e transformando sua pessoa. Até que chegou o momento final. Acontece algo parecido com cada cristão. Na vida de fé, cada passo verdadeiramente novo corresponde a um dom da parte de Deus. Ele nos acolhe, toma-nos pela mão, assume-nos e nos transforma. Conforme o Concílio Vaticano II, Maria assunta ao céu é a imagem e o começo da Igreja, a ser consumada no futuro. Ela brilha aqui na terra como sinal de esperança segura e de conforto para o povo de Deus peregrino, até que chegue o dia do Senhor (Lumen Gentium, n. 68).

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O título Nossa Senhora da Glória está associado ao dogma da assunção de Maria ao céu, ou seja, à sua glorificação e coroação como Rainha da Glória. Os principais elementos celebrados nessa devoção aparecem no rosário, quando rezamos os “mistérios gloriosos”, associando a missão de Maria à de Cristo. A Virgem da Glória é representada com uma coroa na cabeça, um cetro na mão e o menino Jesus nos braços. A devoção chegou ao Brasil em 1503, trazida pelos imigrantes portugueses, que construíram em Porto Seguro (BA) a primeira igreja a ela dedicada.

Nossa Senhora da Glória, rogai por nós!

Ir. Afonso Murad


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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