6 de agosto: Transfiguração do Senhor | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
6 de agosto: Transfiguração do Senhor

O MISTÉRIO DA LUZ

A vida de muitas pessoas é marcada por correria e estresse de todas as formas. Afazeres de casa, correria no trabalho ou desespero por não ter emprego. Há gente que não para nem aos domingos e dias santos. Na cidade grande, isso se faz notar com mais força. Mas a correria também chegou às cidades pequenas e até à roça.

Há quem leve uma vida mais pesada ainda. Peso imposto, diga-se em alto e bom som. Imposto por alguns que levam vantagens à custa do suor e até do sangue do outro. Não é exagero. Há ser humano que vive como muriçoca, sugando o sangue alheio.

Há, por exemplo, atualmente no Brasil um grupo de espertalhões que, com um discurso de “reforma”, querem acabar com a aposentadoria. Essa turma do ar-condicionado criou uma narrativa sobre a Previdência Social que, entre outros desastres, alonga o tempo de trabalho daqueles que já levam nas costas, desde cedo, pesados fardos. A turma da “reforma”, porém, não abre mão dos próprios privilégios.

Direitos adquiridos com luta, resistência e até vidas sacrificadas estão sendo roubados na calada da noite.

A liturgia de hoje nos fala da transfiguração de Jesus. Ele é a luz que nos ilumina. Na sua época, os poderosos também sugavam o suor e o sangue dos pequenos e sofredores. Seus discípulos, aos poucos, foram percebendo que a mensagem e o caminho de Jesus conduzem a um estilo de vida diferente. No entanto, de vez em quando, eles recaíam na ideia de grandeza: vencer, ocupar os melhores lugares, como faziam os poderosos. Jesus ensina que a felicidade de verdade consiste no amor. Quem ama alivia os fardos.

A transfiguração é para nos dizer que a vida está para além da cruz. Como bem dizia o velho profeta: para além de toda dor há um grande amor.

Com a celebração da Transfiguração de Jesus, temos a certeza de que o peso dos fardos e da cruz não tem a última palavra. Somos da luz. Portanto, não podemos compactuar com as trevas.

* * *

Em julho de 1480, em Bolonha, na Itália, Nossa Senhora apareceu a um casal de crianças, Donato Nutini e Cornélia Vangelisti. Ambas levavam o rebanho para pastar às margens do rio Davena, na localidade de Boccadirio. A Virgem pediu-lhes que se consagrassem como religiosos. No local onde Maria apareceu foi edificada uma igreja em honra da Bem-Aventurada Virgem das Graças, na qual se encontra uma imagem em baixo-relevo feita de acordo com a visão das crianças.

Nossa Senhora das Graças, rogai por nós!

Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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