9 de julho: 14º Domingo do Tempo Comum | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
9 de julho: 14º Domingo do Tempo Comum

A LEVEZA DE ESPÍRITO

A roupa pode ser velha, mas, se estiver limpinha, não tem problema nenhum. Essa frase mamãe sempre repetia a nós, os filhos, e agora continua a dizer aos netos, que, além de roupas, têm outros desejos de consumo, como celulares e demais aparatos técni­cos. Na simplicidade da linguagem de mamãe está a densidade da sabedoria. Não é preciso muito para viver. Não há necessidade
de, a cada momento, renovar o guarda-roupa só para dizer que se está na moda. Foram muitas as vezes em que dona Mirian remendou nossas poucas mudas de roupa. Coisa feia era andar com elas sujas e rasgadas. Porém, estando limpas – ainda que remendadas –, vergonha não havia.

De igual modo, papai sempre nos ensinou que não devíamos ter vergonha de ser pobres. Devíamos, sim, ter vergonha de fingir ser o que não éramos. Nada de ostentar grandeza. Esse ensinamento contém uma lição de caráter e fala da capa­cidade de crescer na vida sem a necessidade de passar ninguém para trás. Esta é a grande sabedoria dos simples. E isso não quer dizer conformismo, mas dignidade. Analfabeto e homem da roça, meu velho – o Cabeça, como é conhecido – jamais teve vergonha de conversar com quem quer que fosse. Se preciso, ia falar até com o prefeito, o que fez várias vezes. Do jeito que sabia falar.

Aquele era um tempo em que ter filhos não significava despesas. Para além de uma crítica ao que atualmente se chama planejamento familiar, cabe ressaltar que as pessoas simples encaravam o nascimento de um novo filho como uma graça. E só pode ser uma dádiva do alto mesmo. Os meus velhos, por exemplo, criaram doze filhos, todos saudáveis, numa realidade onde nem sequer luz elétrica havia. Situação semelhante à nossa era a de muitos. Hoje, olhando para trás, reconheço que só pode ter sido um milagre.

A celebração deste domingo é um convite para termos confiança em Deus. Não há situação, por pior que seja, que não tenha saída, quando temos fé na presença do Senhor em nossa vida.

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Desde os primeiros séculos, à Virgem Maria é comumente atribuído o título de Rosa Mística. Na Itália, o título ficou ainda mais conhecido em virtude de algumas aparições de Nossa Senhora, sob esse nome, a Pierina Gilli, em Montichieri e Fontanelle, entre 1947 e 1984. Embora tais casos ainda não tenham sido analisados pela Igreja, a devoção particular se estendeu por todo o mundo.

Rosa Mística, rogai por nós!

Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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