5 de fevereiro: 5º Domingo do Tempo Comum | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
5 de fevereiro: 5º Domingo do Tempo Comum

SAL E LUZ

No evangelho de hoje, Jesus fala de sal e luz para traduzir o que significam as bem-aventuranças que havia acabado de apresentar. Os discípulos que aprendem do Mestre o espírito da felicidade do Reino são sal da terra, luz do mundo.

O sal tempera e, desaparecendo, dá gosto aos alimentos. Assim os cristãos, buscando a justiça, agindo com misericórdia, promovendo a paz, transformando as relações e – mesmo perseguidos e com a dor das injustiças – mantendo-se firmes no seguimento de Jesus, fazem a diferença no mundo.

Mas, afinal, o quanto nós, cristãos, estamos fazendo a diferença? Como estamos encontrando sentido para o sofrimento, vivendo a alegria cristã de nos doar pela mesma causa de Jesus e testemunhando ao mundo que isso dá sentido à nossa vida? No final das contas, como estamos deixando este mundo mais gostoso para viver?

Os cristãos são também luz do mundo. No tempo de Jesus, não existia a comodidade da luz elétrica. A luz era o óleo consumindo-se no pavio. Os cristãos são luz não porque buscam aparecer, mas porque, com a prática das bem-aventuranças, iluminam as realidades escuras, ajudando as pessoas a orientar os próprios passos. Luz que brilha, portanto, é a doação concreta dos cristãos, as boas obras que clareiam caminhos e mentes e levam as pessoas a glorificar a Deus.

Não se trata, portanto, de fazer o bem e fazer propaganda do bem feito. Trata-se, sim, de consumir-se dia a dia para que a justiça do Reino continue brilhando e vencendo as trevas.

Todos juntos somos sal da terra, luz do mundo. Individualmente, somos apenas uma pitada de sal para uma situação concreta, somos apenas uma pequena lamparina ajudando a iluminar a vida de alguém. O que já é bastante. Mas, juntos, todos nós que seguimos a Jesus podemos transformar o mundo todo para melhor, podemos ser verdadeiro clarão do amor de Deus pela humanidade.

* * *

“O modo de nos relacionarmos com os outros que, em vez de nos adoecer, nos cura é uma fraternidade mística, contemplativa, que sabe ver a grandeza sagrada do próximo, que sabe descobrir Deus em cada ser humano, que sabe tolerar as moléstias da convivência agarrando-se ao amor de Deus, que sabe abrir o coração ao amor divino para procurar a felicidade dos outros como a procura o seu Pai bom. Precisamente nesta época, inclusive onde são um ‘pequenino rebanho’ (Lc 12,32), os discípulos do Senhor são chamados a viver como comunidade que seja sal da terra e luz do mundo (cf. Mt 5,13-16)” (EG 92).

Pe. Paulo Bazaglia, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

Assinar