11 de dezembro: 3º Domingo do Advento | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
11 de dezembro: 3º Domingo do Advento

A ALEGRIA DO AMOR

O amor tem íntima relação com a alegria. Quem tem amor tem alegria. E quem tem alegria tem amor. E isso não quer dizer ausência de problemas e sofrimentos.

O papa Francisco, em sua primeira exortação, fez da palavra alegria o ponto de partida do seu ministério como bispo de Roma: “A alegria do evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria” (EG 1). No início da exortação pós-sinodal sobre o amor na família, retoma o termo: “A alegria do amor que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja” (AL 1).

Sendo assim, a alegria é o combustível que nos impulsiona no caminho da vida. Ser alegre tem que ver com ter ânimo, isto é, ter alma. A alegria, portanto, é o estado de estar vivo, de estar repleto do espírito. “Deus modelou o homem com o pó do solo, soprou-lhe nas narinas um sopro de vida” (Gn 2,7). O sopro divino nos enche de entusiasmo, isto é, torna-nos seres viventes repletos de Deus. O pecado, porém, é o que estraga a alegria. Mas não tem poder sobre quem tem em si o sopro de Deus.

O mesmo Espírito presente na criação renova e impele a comunidade cristã no caminho da vida e na missão. Os que seguem Jesus são guiados pelo espírito da paz, da ternura, da misericórdia. “Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de força, amor e sobriedade” (2Tm 1,7).

Por meio do Espírito, a comunidade é feliz, é fértil. É produtiva. E produtividade aqui não diz respeito ao que o mercado tanto explora. Produzir no sentido de gerar coisas boas para o mundo. Não permitir que nosso coração se endureça, mas seja sensível.

Neste domingo da alegria, quando já sentimos a proximidade do Natal, a grande festa do amor, preparemo-nos para bem recebê-lo em nossa vida, em nossa casa. Só o amor dá sentido à nossa vida. Antes de tudo o amor. Aquele amor paciente, prestativo, que não se vangloria. Não se alegra com a injustiça; alegra-se com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (cf. 1Cor 13).

Como o agricultor espera as primeiras chuvas para semear e cultivar a terra, esperemos o Senhor, que não se cansa de vir ao nosso encontro. Ele é nossa salvação. Com ele os cegos veem, os aleijados andam, os feridos são curados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e os pobres recebem a boa-nova (cf. Mt 11,5). Com ele a vida acontece feliz! Ele é o amor que nos enche de alegria.

Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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