MISSÃO QUE TRANSFORMA
O evangelho de Lucas apresenta a missão de Jesus como um longo caminho da Galileia a Jerusalém: caminho rumo à morte de cruz, rumo ao sofrimento que leva à ressurreição. E para indicar o tipo de caminho que está percorrendo e que propõe aos seguidores, Jesus fala de fogo, batismo e divisão.
Aos que esperavam um messias que, com poderoso exército, tomasse o poder do império romano, Jesus diz que veio trazer fogo. Não o fogo que elimina uns para satisfazer a outros, mas o fogo do Espírito de Deus, este,
sim, capaz de transformar os corações, pois encontrar Jesus e conhecê-lo pessoalmente é necessariamente abrir-lhe o coração e deixar que seu amor transforme nosso modo de pensar e agir.
O fogo que Jesus vem trazer está relacionado com seu batismo. Batismo é banho, imersão: fiel ao Pai, Jesus, em sua missão, como que se deixa afundar nas águas do sofrimento para subir vencedor e, com sua ressurreição, garantir-nos que o sofrimento e a morte não têm a última palavra.
A fidelidade de Jesus ao Pai, de fato, o conduz no caminho do sofrimento que transforma pela força do Espírito. O mesmo Espírito que ele nos envia e nos transforma, à medida que nos dispomos a seguir seu caminho de doação da vida em favor dos necessitados. O caminho de Jesus não comporta meios-termos, exige optar incondicionalmente pela vida e por aquilo que a rodeia: a solidariedade, a fraternidade, a compaixão… ainda que isso cause divisão, trazendo-nos a incompreensão ou a inimizade dos que nos são mais próximos.
A missão profética de Jesus, de destruir o que escraviza e mata para construir o que liberta e dá a vida, é para nós o caminho sem atalhos. Caminho de opções concretas e não de discursos vazios. Aqui se joga o sentido de nossa vida: como permitimos que o Espírito de Deus continue a transformar nosso coração? O que ele espera de nós é tão somente que continuemos hoje sua missão, incendiando o mundo com seu amor.
Pe. Paulo Bazaglia, ssp
É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.
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