1º de maio: 6º Domingo da Páscoa | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
1º de maio: 6º Domingo da Páscoa

TESTEMUNHAR A UNIDADE

Na oração que apresenta ao Pai antes de sua paixão, morte e ressurreição, Jesus pede pela unidade dos que o seguem. Estar unidos a Jesus e em Jesus, viver em comunidade (“comum unidade”), porém, não é questão de aceitar teorias ou ideologias, e sim caminhar alicerçados no mesmo amor que gera comunhão. Amor concreto que ele manifestou ao mundo, amor que o une ao Pai e que se derrama sobre todos.

Pois o próprio Filho é a expressão suprema do amor de Deus pelo mundo: amor de quem envia o Filho com a missão de se entregar por inteiro, aproximando-se das pessoas para tocá-las, curar suas feridas, acolhê-las, dar-lhes vida nova. Jesus quer que todos conheçam este amor que não tem fim, que se desdobra e se reconhece sobretudo por meio do testemunho de união dos seus seguidores.

Portanto, longe de formar comunidades fechadas, o amor de Jesus nos desafia a “estar com ele onde ele estiver”. E Jesus, hoje como ontem, está nos gestos de doação da vida, na atitude de fazer-se próximo dos sofredores para ajudar a aliviar seus sofrimentos. Esta é, aliás, a “glória” do Mestre: doar-se pelos outros por amor, chegando à ressurreição com gestos concretos de vida nova já neste mundo.

Nós tivemos a graça de encontrar Jesus e conhecê-lo. Diariamente o encontramos e podemos demonstrar a beleza deste encontro em cada opção que fazemos, em cada gesto que realizamos. E assim testemunhamos ao mundo quão unidos estamos no mesmo caminho de Jesus.

As divisões em nossas comunidades e igrejas, porém, mostram ao mundo que ainda não estamos suficientemente abertos ao amor de Deus. Somos chamados a construir unidade na diversidade, a buscar o que nos une, deixando de lado o que nos separa. A unidade que construímos é o maior testemunho que podemos dar, pois ela indica que em nós está agindo o amor do Pai e que, desse modo, o próprio Jesus está em nós. A vivência do amor que gera comunhão é o testemunho que somos chamados a dar ao mundo, até que cheguemos à “unidade perfeita”.

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“São tantas e tão valiosas as coisas que nos unem! E, se de fato cremos na ação livre e generosa do Espírito, quantas coisas podemos aprender uns dos outros! Não se trata apenas de receber informações sobre os outros para os conhecer melhor, mas de recolher o que o Espírito semeou neles como um dom também para nós” (EG 246).

Pe. Paulo Bazaglia, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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