O conceito de Deus após Auschwitz | Paulus Editora

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15/03/2016

O conceito de Deus após Auschwitz

Por Imprensa

Ficha Técnica
Título: O conceito de Deus após Auschwitz
Autor: Hans Jonas
Coleção: Ethos
Acabamento: Costurado
Formato: 13,5 cm x 21 cm
Páginas: 36
Área de interesse: Filosofia e Ciências Humanas

Obra de Hans Jonas retoma resultados anteriores do processo do pensamento filosófico com o objetivo de apresentar uma tentativa de respostas a um problema moral muito específico

A PAULUS acaba de lançar O conceito de Deus após Auschiwitz – uma voz judia, escrito por Hans Jonas, judeu que conviveu com as guerras, o nazismo, o surgimento da sociedade de consumo e as grandes transformações do século XX. O texto é fruto de uma conferência realizada pelo autor na Alemanha, quando recebeu o prêmio Leopold Lucas, em 1984, na Universidade de Tübingen.

Hans Jonas proclama que seu texto é um fragmento de teologia francamente especulativa. Ao citar alguns filósofos como Immanuel Kant, o autor revela que nada serve mais para lidar com o evento do qual Auschwitz se tornou símbolo. Nem fidelidade ou infidelidade, crença ou descrença, nem culpa ou punição, nem julgamento, testemunho e esperança messiânica. Nem mesmo a força ou fraqueza, heroísmo ou covardia, provocação ou submissão tiveram lugar ali.

Mesmo considerado um texto de extrema singularidade, a obra conduz os intérpretes a duas condutas opostas. De um lado o pensamento do autor poderá ser considerado marginalizado em relação ao desenvolvimento próprio do filósofo. No outro caminho, o leitor interpreta-o como se fosse a fonte secreta de toda a doutrina. Na introdução da obra o professor da Pontifícia Universidade Católica do Chile, Eric Pommier, alerta que devemos resistir tanto a uma como à outra tendência. De acordo com ele, o verdadeiro lugar do texto é o de um pensamento que se apoia em aprendizagens anteriores para ir além do que a probidade intelectual permite.

Hans Jonas nasceu em 1903 na Alemanha e faleceu nos Estados Unidos em 1993. Judeu, foi atingido especialmente pelas duas grandes guerras, no nazismo, o avanço dos poderes da técnica e o surgimento da sociedade de consumo, além da crise ambiental. Amigo de Hannah Arendt e aluno de Husserl, Heidegger e Bultmann, foi professor na Palestina, Canadá e Nova York, onde trabalhou na New School for Social Research. Elaborou um pensamento original que começa com os estudos sobre gnosticismo, passa por uma ontologia de vida, pelo diagnóstico das ameaças da técnica moderna, até chegar ao princípio responsabilidade, com o qual ganhou repercussão internacional.