6 de setembro: 23º Domingo do Tempo Comum | Paulus Editora

O Domingo
6 de setembro: 23º Domingo do Tempo Comum

DEVOLVER AUDIÇÃO E FALA

O Evangelho de Marcos nos revela um Jesus que se volta para os necessitados, não tem preconceito contra estrangeiros e se aproxima de outros povos sem relutância. Assim, Marcos nos leva a abrir-nos às realidades do mundo que nos cerca e superar os preconceitos que impedem a convivência fraterna entre os povos e com grupos de outras opções religiosas.

Na sua passagem pela Decápole, região pagã, Jesus cura um surdo e gago. Tocou-lhe os ouvidos e a língua sem medo de se contaminar com a impureza de um pagão. Pelo toque de Jesus, o surdo e gago começa a ouvir e falar. Jesus não tem medo de transgredir a lei do puro e do impuro nem de se contaminar. O importante para ele é a defesa da vida, principalmente daquela ameaçada ou discriminada. 

O tema da surdez é muito frequente nos profetas, para mostrar o fechamento da pessoa aos apelos de Deus e ao clamor do povo. As curas de surdez realizadas por Jesus são fortes apelos de conversão. Somos convidados a nos deixar curar por Jesus de nossa surdez.

Mirando o exemplo daqueles que trouxeram o surdo ao Senhor, a comunidade cristã é chamada a ser uma família de irmãos e irmãs que se ajudam mutuamente para viver comprometidos com o projeto de Jesus, que deseja vida digna para todas as pessoas. Abertos à palavra de Deus, revemos nossas opções pessoais e comunitárias. Cabe-nos ter cuidado para não sermos enganados por indivíduos ou instituições que nos propõem fechar os olhos e os ouvidos à realidade. 

Não podemos viver surdos à palavra de Deus e fechados em nós mesmos. O relato do evangelho deste domingo é um apelo à abertura e à comunicação com os outros. Temos por missão abrir bem os ouvidos para acolher a mensagem do evangelho, ser transformados por ela e proclamar o projeto de Jesus, a novidade que ele veio realizar.

Pe. Nilo Luza, ssp


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

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