PÃO PARTILHADO: SINAL DE VIDA
A Igreja celebra nesta quinta-feira, após a missa da Santíssima Trindade, a solenidade do Corpo e Sangue de Cristo ou simplesmente Corpus Christi. Instituída no século 13, esta festa se iniciou na Diocese de Liège (Bélgica), e em 1264 o papa Urbano IV a incluiu no Missal Romano, tornando-a obrigatória para toda a cristandade.
Falar de Corpus Christi nos traz à memória a procissão pelas ruas e avenidas de nossas paróquias e cidades. Muitas cidades hoje enfeitam as ruas e as fachadas e janelas das casas por onde passa a procissão com o Santíssimo Sacramento. A procissão pelas ruas e avenidas é forma de expressar publicamente a fé na presença de Jesus na hóstia consagrada. Exprime também nossa condição de povo peregrino, rumo à casa do Pai. Antigamente era ainda ocasião de abençoar as pessoas, as casas, as ruas e os campos.
A última ceia de Jesus com seus discípulos ocorre quando da festa da Páscoa. A Páscoa, para os judeus, é a passagem da escravidão no Egito para a terra da vida e da liberdade. Para nós, a Páscoa é a passagem da morte de Jesus para sua ressurreição, é a superação dos sinais de morte e a busca de sinais de vida. A eucaristia é a memória permanente da morte e ressurreição de Jesus; é dom de Cristo que nos amou até o fim, doando a própria vida em favor da humanidade.
Jesus, ao abençoar e partir o pão, disse ser seu próprio corpo doado como alimento. No pão ofertado na missa, fruto da terra e do trabalho humano, está contido o esforço e a dedicação de quem cultiva a terra e de quem prepara o pão. É resultado de partilha e produto de muitas mãos. Onde se partilha o pão, o amor, a solidariedade, o próprio Cristo se faz presente. Há um canto que diz: “A mesa da eucaristia nos quer ensinar que a ordem de Deus, nosso Pai, é o pão partilhar”.
Pe. Nilo Luza, ssp
É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.
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