Cantora Fortuna e Monges Beneditinos se apresentam no Mosteiro São bento

PAULUS participa de evento e apresenta livro sobre o monge trapista

Na última quarta-feira, 18 de março, o Mosteiro de São Bento, em São Paulo, foi o local escolhido para a celebração de 100 anos de nascimento do monge, escritor, poeta e ativista social francês Thomas Merton (1915 – 1968).
O evento faz parte das comemorações do centenário do monge trapista, que mesmo tendo vivido 27 anos em recolhimento nos Estados Unidos, manteve sempre muito contato com as outras religiões. A PAULUS Editora participou da noite com estande de livros no local, incluindo a obra recém-lançada, Thomas Merton, Contemplação no tempo e na história, do autor Sibélius Cefas Pereira. A noite foi organizada pela Sociedade Amigos Fraternos de Thomas Merton, Associação Palas Athena e a Casa de Reconciliação.

O Mosteiro de São Bento ficou lotado para a comemoração, que reuniu representantes da Igreja Católica, Judaísmo, Islamismo, Igreja Presbiteriana Unida, religião de Matriz Africana, Budismo zen e Espírita Kardecista.

A programação teve início às 20h, com a apresentação do ator Odilon Wagner, e o número musical com a cantora Fortuna e os Monges Beneditinos. Em seguida, Dom Abade Matthias Tolentino Braga, agradeceu a presença e todos e mencionou a importância do pensamento de Thomas Merton e o diálogo entre as religiões.
Em seguida, cada líder religioso se apresentou ao público com saudações e mensagens, sobretudo pensamentos sobre o Thomas Merton e o seu contato com os mais diversos líderes religiosos.

O Rabino Michel Schlesinger, representante do Judaísmo, lembrou sobre a importância do diálogo e o respeito entre as pessoas para a construção da paz. O representante do Islamismo, Sheik Jihad Hassan Hammadeh, disse que Deus chama a todos os que acreditam e até os que não acreditam Nele e que um mútuo auxilio deve ser algo presente em todas as religiões. O reverendo Marcelo Leandro G. de Castro, da Igreja Presbiteriana Unida, reforçou o quanto é bom compartilhar experiências, diferenças e, sobretudo respeitá-las.

Como mestre de cerimônia, o ator Odilon Wagner também citou frases de Thomas Merton e coordenou também a programação da noite, anunciando a leitura das mensagens. Entre elas a Mãe Liliana Araújo, da religião de Matriz Africana. Ela citou uma frase de Thomas Merton, que lembra que o amor de Deus habita cada ser e motiva a pluralidade, com respeito à diversidade, sem intolerância e preconceito. A Monja Heishin Gandra, do Budismo Zen contou que Thomas Merton tinha o silêncio dentro dele e que desenvolveu a contemplação ativa, aquela que torna possível interagir com as diferenças.
O último a falar foi o Espírita Kardecista José Carlos de Lucca, que citou frases do discurso dos outros líderes religiosos e lembrou Chico Xavier, quando dizia que a origem de todas as religiões está em Deus e que isso bastava.

Ao final da celebração cada representante religioso se revezou, lendo frases e preces das outras religiões e, após a benção final, a cantora Fortuna e os Monges Beneditinos encerram a comemoração com números musicais.

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