Em “Como ler Santo Agostinho: terapia da alma e felicidade”, o pesquisador e professor Luiz Marcos da Silva Filho empreende um estudo a partir de uma das obras de juventude de Santo Agostinho, A vida feliz (De beata vita) — na qual estão presentes os conceitos de “felicidade”, “alma”, “virtude”, “Trindade” e outros que serão revistos em suas obras posteriores —, que visa à compreensão da relação entre “terapia da alma” e “felicidade”, por meio de um exercício de reconstrução teórica da estrutura argumentativa do diálogo A vida feliz. Neste estudo sobre A vida feliz, Silva Filho leva em consideração o viés filosófico e o ecletismo que permeiam o texto de Santo Agostinho, oriundos de sua formação clássica, de matriz pagã, uma vez que “sua obra recepciona e se confunde com a cultura clássica, mantendo diálogo com grandes autores antigos”, como: Cícero, Platão e Aristóteles. Nas palavras de Silva Filho: “A leitura que empreenderemos da obra de Agostinho guarda o propósito maior de propiciar ao leitor não iniciado em Filosofia instrumentos de análise de textos filosóficos que possibilitem a reconstrução teórica do movimento argumentativo do autor”.