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Bíblia Sagrada - Edição Pastoral
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Prólogo

A comunhão que gera a vida

1*       Aquilo que existia desde o princípio,

o que ouvimos, o que vimos com nossos olhos,

o que contemplamos

e o que nossas mãos apalparam:

- falamos da Palavra, que é a Vida.

2         Porque a Vida se manifestou,

nós a vimos, dela damos testemunho,

e lhes anunciamos a Vida Eterna.

Ela estava voltada para o Pai

e se manifestou a nós.

3         Isso que vimos e ouvimos,

nós agora o anunciamos a vocês,

para que vocês estejam em comunhão conosco.

E a nossa comunhão é com o Pai

e com o seu Filho Jesus Cristo.

4         Essas coisas, escrevemos para vocês,

a fim de que a nossa alegria seja completa.

I. CAMINHAR NA LUZ

Deus é luz -* 5 Esta é a mensagem que dele ouvimos e que agora lhes anunciamos: Deus é luz e nele não trevas. 6 Se dizemos que estamos em comunhão com Deus e no entanto andamos em trevas, somos mentirosos e não pomos em prática a Verdade. 7 Mas, se caminhamos na luz, como Deus está na luz, estamos em comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, o Filho de Deus, nos purifica de todo pecado.

Reconhecer-se pecador -* 8 Se dizemos que não temos pecado, enganamos a nós mesmos, e a Verdade não está em nós. 9 Se reconhecemos os nossos pecados, Deus, que é fiel e justo, perdoará nossos pecados e nos purificará de toda injustiça. 10 Se dizemos que nunca pecamos, estaremos afirmando que Deus é mentiroso, e a sua palavra não estará em nós.




* 1,1-4: Desde o início, João destaca o centro de toda a revelação de Deus: a vida. Do Pai para o Filho, do Filho para suas testemunhas, das testemunhas para os fiéis, ela se transmite e vai se ampliando como participação, comunhão e alegria. A revelação, portanto, não é uma idéia abstrata; é a manifestação de Deus no seio da história, comunicando a vida concreta, presente em Jesus Cristo. E a verdadeira Igreja é uma comunhão voltada para a vida; por isso, ela gera alegria e comprova a união íntima com o Pai e com o Filho.



* 5-7: A luz de Deus é o seu amor pelos homens (cf. Jo 3,16). A Igreja está em comunhão com Deus quando a própria realidade do Deus revelado - seu amor pelos homens - se expressa na vida da Igreja como amor fraterno que gera comunhão (cf. Jo 13,34-35). Estar nas trevas é estar longe de Deus. Isso, na prática, significa estar afastado do irmão; em outras palavras, odiá-lo (2,11). O grande pecado é a incoerência de uma Igreja que pretendesse estar em comunhão com Deus, mas não gerasse a comunhão entre seus membros e grupos.



* 1,8-2,2: A Igreja que não se reconhece pecadora vive em farisaísmo, e conseqüentemente faz de Deus um mentiroso, tornando-o cúmplice dos pecados dela. Com efeito, a revelação mostra que Deus perdoa o pecado. E mais: Cristo entregou a sua própria vida para que os homens sejam libertados da injustiça e tenham a vida. É confessando os próprios pecados que a Igreja declara ao mundo a inocência e a justiça do Deus vivo.






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